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Estado amplia Teste do Pezinho na rede pública

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Uma doença de origem genética grave, sem cura, que pode causar deficiências progressivas e levar à morte começa a ser diagnosticada precocemente em toda a rede de saúde pública do estado. A fibrose cística acaba de ser incluída na fase III da Triagem Neonatal (Teste do Pezinho) para os bebês nascidos no Rio de Janeiro. O exame, oferecido gratuitamente nos postos de saúde e clínicas da família, deve ser realizado de preferência entre o 3º e 5º dia de vida da criança. O Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (Iede) recebe os testes e é o responsável pelo diagnóstico da doença em todo o estado.

Realizado a partir de gotas de sangue colhidas do calcanhar do recém-nascido, o Teste do Pezinho detecta precocemente, além da fibrose cística, outras três doenças: doença falciforme, fenilcetonúria e hipotireoidismo. Todas podem causar lesões irreversíveis na criança caso não sejam tratadas.

“A realização precoce do teste é fundamental para diagnosticar essas doenças. No caso da fibrose cística, o exame mede a tripsina imunorreativa que, nas crianças portadoras da doença, é muito alta nos primeiros dias de vida. A coleta tardia também atrapalha o diagnóstico, pois o segundo teste, indicado para os casos em que há necessidade de confirmação, deve ser realizado necessariamente no primeiro mês de nascimento. Além disso, como em qualquer doença, quanto mais precoce o diagnóstico, mais rápido é o início do tratamento”, explicou o diretor do Iede, Ricardo Meirelles.

A doença –
Também chamada de mucoviscidose, a fibrose cística afeta as glândulas exócrinas, provocando alterações nos pulmões, pâncreas, fígado e intestino. O portador da doença passa por uma modificação da produção de muco pelo organismo como um todo e as secreções ficam mais espessas, facilitando infecções. No país, estima-se que nasça um bebê portador da doença para cada 7 a 10 mil nascidos vivos, dependendo da região. O tratamento é realizado através de medicamentos.

Na maior parte dos casos, a fibrose cística atinge o sistema respiratório obstruindo os brônquios, causando dificuldades para respirar, tosse crônica, infecções de repetição, pneumonias e até alargamento ou distorção irreversível dos brônquios. Por conta do quadro de tosse frequente, a fibrose é confundida com asma, tornando a doença subnotificada.

Ações – A área técnica de Saúde da Criança da Secretaria de Estado de Saúde está coordenando a organização da Rede de Atenção à Fibrose Cística, a fim de padronizar o atendimento e permitir a interação entre as três unidades que hoje realizam o atendimento a esses pacientes: Instituto Fernandes Figueiras, Hospital dos Servidores do Estado e Hospital Universitário Pedro Ernesto.

O setor também está realizando ações para divulgar o início do teste na rede pública. Em junho, foi realizado um seminário com os responsáveis das maternidades de todo o estado e da atenção básica dos 92 municípios do Rio de Janeiro.

Teste do pezinho – O Iede foi pioneiro na rede pública do estado do Rio em oferecer o exame. A fase I da Triagem Neonatal, que incluía fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito, começou em 1989 no instituto enquanto que o Ministério da Saúde oficializou o teste somente em 2011. Em 99, o Iede já disponibilizava a fase II da Triagem Neonatal, incluindo a anemia falciforme.

– Nenhuma das doenças detectadas pelo Teste do pezinho têm cura, mas podem ser tratadas. A maioria das crianças portadoras dessas doenças nascem absolutamente normais, sem nenhum sintoma. Daí a importância do teste, pois só ele pode diagnosticar o problema. É fundamental que a mãe receba as orientações sobre o teste ainda no pré-natal, quando ela é informada sobre as principais vacinas, exames e cuidados com o bebê que vai nascer – ressaltou Ricardo Meirelles.


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